quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Das dimensões do encanto

Uma sensação estranha de que as "facilidades" nublaram a poesia
Tornou-se toda a cidade uma "casa de facilidades"?

Das serenatas e rosas
Somente filmes em preto e branco

Porque essa liberação inconsequente dos instintos
Não dá mais tempo ao encanto

Somos todos ávidos e vorazes
Presos a satisfação imediata de relações superficiais

Hoje é proibido proibir
A regra é não ter regra
O certo é não haver certo

E o coração se desespera ante a indecisão criada pelo infinito
De caminhos que ao se abrirem a tudo, ampliam a sensação do nada

Sinto me um tolo por desejar ir contra a corredeira
E um tolo maior ainda por não seguir meu desejo

O que fizemos do encanto?

Zé Neto

2 comentários:

Anônimo disse...

Se encantar sempre
Eis o príncipio filosófico plausível, que há dentro de cada ser
mas parece invisível
Que uma criança aprende desde bebê
que vem de uma pureza indiscutível.



Em busca das raras pessoas que ainda se encantam com simplicidades,aí vamos nós.

a.bessa

ps: comentário transcrito do blog antigo.

Anônimo disse...

"nadando contra a corrente só para se exercitar"

de braçadas em braçadas vamos nós companheiro, buscando sentir o tesão nas coisas mais singelas mas que nos engrandecem e nos fazem ser quem somos - multicoloridos multicolorindo.

Pedrosa

ps: comentário transcrito do blog antigo.